Folha de São Paulo: População 'fora da bolha' impulsiona franquia de rastreamento de pessoas

Segundo a Susep (Superintendência Nacional de Seguros Privados), cerca de 75% dos veículos do país não têm qualquer tipo de seguro. Essa lacuna criou uma oportunidade para a franquia UnepxMil, que desde 2008 conseguiu 1.795 franqueados.

Fabio Mascarenhas, diretor de franquias da UnepxMil

A empresa fornece rastreamento de veículos (carros, motos, bicicletas, caminhões), embarcações e até de pessoas, cobrando do consumidor uma mensalidade de R$ 80. Segundo o diretor de franquias da companhia, Fabio Mascarenhas(foto), o valor da franquia é de R$ 72 mil (para trabalho home office) ou R$ 240 mil (abertura de lojas físicas).

O rastreamento é feito por meio de aparelhos embutidos nos veículos ou carregados pelas pessoas que emitem sinais GPS ou GPRS (transferência de dados por rádio). Os aparelhos para monitoramento pessoal têm finalidades de acompanhamento de portadores de necessidades especiais , mal de Alzheimer, ou por questões de segurança. O aparelho tem 10 cm e pesa menos que um celular.

"Entre os aparelhos para uso pessoal, o maior motivo para adquirir o produto é por questões de segurança. Nosso público-alvo é muito grande porque a maior parte da população brasileira vive fora da bolha de segurança privada ou pública e não tem acesso a seguros", comenta.

A UnepxMil tem sede em São José do Rio Preto (SP) e possui uma central de monitoramento que recebe sinal dos aparelhos de todo o país.O sistema mostra os deslocamentos em tempo real e permite criar uma espécie de "cerca eletrônica", isto é, se a pessoa ultrapassar os limites previstos, a central de monitoramento automaticamente avisa os pais ou responsáveis.

"O usuário tem um site para acompanhar os dados de monitoramento e ferramentas como mapas de deslocamento em tempo real, relatórios de histórico de percursos e velocidade", explica.

Para veículos, o aparelho é instalado em um local secreto (nem o motorista é informado) e que é ligado a todo o sistema elétrico para avisar a central de monitoramento sobre qualquer interferência, como um fio cortado por exemplo. Também há um botão de pânico que o motorista pode acionar discretamente em situações de risco, como bandidos que mantém pessoas sob ameaça. Existe ainda a opção de implantação de um sinal de escuta veicular.

Fonte: Folha.com