domingo, 23 de janeiro de 2011

O "Velho Oeste" em pleno Agreste Potiguar.

De acordo com a Tribuna.

São José de Campestre/RN

A 110 quilômetros da capital, tem 13 mil habitantes. Apenas dois homens da polícia militar são responsáveis pela segurança de todo o município. População vive com medo.


Cidades do interior são alvos fáceis

Colete balístico com prazo de validade expirado, armamento ultrapassado, viaturas com defeitos, estrutura de trabalho comprometida e problemas com alimentação. Essa é a realidade da maioria dos municípios do Agreste potiguar, que vêm sofrendo com ataques de bandidos qualificados, com armamento e estratégia que deixam a segurança pública a ver navios. A falta de efetivo é apontado como o ponto que mais compromete a atuação tanto da Polícia Militar quanto da Civil.

 E a notícia não é boa. Algumas localidades estão apenas esperando os bandidos agirem, pois não dispõem da mínima capacidade de combatê-los.

As quadrilhas já estão agindo. Nos últimos três meses, os bandidos estão migrando para o interior justamente por perceber essa deficiência. Foram seis explosões a caixas eletrônicos, nas quais a polícia não pôde oferecer a mínima resistência, em  Vera Cruz, e Brejinho, ocorreu recentemente,  qual será a proxíma ?


Coletes  vencidos. As armas, revólveres calibre 38, são consideradas ultrapassadas e os policiais trabalham com o armamento adquirido particularmente.

Existem Municípios que, Tanto a alimentação quanto a viatura são asseguradas pela prefeitura local, que paga por ambas. “Se houver uma ocorrência grande, a gente não vai porque não tem estrutura”.

 Segundo um policial, que noticiou ao Tribuna do Norte há muito desvio de funções, policiais servindo a políticos, como também existe escalas desiguais em um mesmo batalhão, o 8º batalhão de Nova Cruz, de onde a maioria dos policiais do agreste são distribuídos, é exemplo.
 
 Em São José de Campestre, a 110 quilômetros distante da capital. Com uma população de 13 mil habitantes, existem 6 homens em escala de dois por dia para atender a demanda. O comandante do destacamento, o sub-tenente João Maria de Lima, diz que a reportagem não vai encontrar nada diferente do que já encontrou nas cidades que passou.

“O comando chegou a se reunir para nos alertar quanto aos assaltos constantes a caixas eletrônicos. Mas sem uma contrapartida de efetivo e equipamento, não existe condições de combatê-los”, lamenta o comandante, dizendo-se sentir vulnerável com a ação de quadrilhas fortemente armadas.

O sub-tenente constata a realidade a qual passa a segurança. “Os bandidos perceberam a fragilidade das cidades interioranas e estão migrando para cá justamente por causa dessa facilidade que eles têm para agir”.
 

O reduto de segurança do Agreste é a cidade de Nova Cruz. Com o 8º Batalhão e a delegacia regional, o município é, de longe, o que apresenta mais condições de combater a criminalidade.



Fonte: www.tribunadonorte.com.br

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