segunda-feira, 5 de março de 2012

Do céu ao inferno

Observátorio DN, traz em sua edição do dia 04, do corrente mês, a seguinte matéria:
 
O ocaso do seresteiro

O ex-deputado Luiz Almir (PV), dia desses, quase chegava a prefeito de Natal. Quem não se lembra das eleições de 2004, quando ele e Carlos Eduardo disputaram palmo a palmo no segundo turno? Almir, na época falando à sua "querida Zona Norte", recebeu mais de 178 mil votos, ou 48% do total. Foi o auge da carreira do homem simples, que tornou-se notório pelas ondas do rádio, pelo carisma e pelos serestões, e quase chega ao maior cargo da capital. Uma sequência de mudanças políticas, declarações mal dadas, serestas cantadas e suspeitas de mal uso dos recursos públicos vieram de lá para cá. Agora, oito anos depois, Luiz Almir vê sua carreira política em risco. Não pelas urnas, mas pela justiça. Na última sexta, o primeiro golpe: sua mulher, Berta, e seu fiel escudeiro, Márcio Godeiro, foram condenados a 7 anos e meio de prisão por desvios de verbas da fundação que mantinha, para uso em campanha eleitoral. Pode ter sido só o início. O juiz da 4ª Vara Criminal, Raimundo Carlyle, tem em mãos dois processos envolvendoLuiz Almir que devem resultar em sentença ainda em março, nos quais o ex-deputado é acusado de corrupção, peculato e formação de quadrilha. O primeiro processo, denúncia do MP, diz respeito à existência de funcionários fantasmas em seu gabinete na Assembleia Legislativa, através dos quais, supostamente, o deputado embolsaria a verba de gabinete. O outro, é mais um desdobramento do caso dos Gafanhotos, da época do governo Fernando Freire, também envolvendo desvios via fantasmas. Com tanta coisa a explicar perante a justiça, Luiz Almir almeja ser candidato a vereador em Natal. O mais provável, a essa altura, é que corra o risco de ser questionado pela Lei da Ficha Limpa.
 
 
 


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