terça-feira, 30 de outubro de 2012

Após as eleições de 2012: Um novo quadro político se configura no Rio Grande do Norte

Ney Lopes
Ney Lopes


De acordo com o Jornalista, advogado e ex-deputado federal, Ney Lopes, apuradas as urnas após uma eleição, elas mostram lições e conseqüências.
 
No RN, o futuro político da governadora Rosalba Ciarlini e das oposições, pós eleição de 2012, apresentam algumas lições e conseqüências.
 
Senão vejamos.
 
A governadora saiu-se bem do processo eleitoral, considerando o pesado fardo que recebeu de herança em 2010 e carrega nas costas.
 
As últimas pesquisas indicam substancial redução do seu desgaste político. Uma luz se acende no final do túnel.
 
Com mais de 200 milhões de reais a menos nos repasses do Fundo de Participação, em matéria de gastos tem apelado para o espírito público, inclusive do Judiciário e do Ministério Público.
 
Atravessou o processo eleitoral sem denuncias de uso da máquina.
 
Um ponto positivo.
 
Venceu onde deveria e teria que vencer: a sua cidade Mossoró.
 
Em Natal, preferiu-se a isenção e logo após a vitória do novo prefeito colocou-se a disposição para o diálogo administrativo.
 
E a oposição ganhou fôlego para impedir a reeleição de Rosalba em 2014?
 
Difícil prever, porque nenhum partido saiu fortalecido. Tudo girou em torno de pessoas.
 
O PSD adotado pelo vice governador serviu apenas para acomodar dissidências municipais, sem agregar lideranças firmes que pesem no jogo eleitoral futuro.
O DEM – partido da governadora - talvez caminhe para uma fusão.
 
Ganhar em Salvador e Aracajú não será suficiente para justificar o fortalecimento da sigla.
 
Inclusive porque, certamente ACM Neto, que exercerá forte influência no DEM, se transformará na bússola.
 
Ele já sinalizou que vai procurar a presidente Dilma e o governador baiano do PT para dialogar.
 
Mostra que não assumirá posição raivosa, ou politicamente contestadora.
 
Escreva o internauta: não será surpresa se, em médio prazo, ACM Neto optar por uma sigla partidária próxima ao Planalto.
 
Há pouco tempo falou-se na sua ida para o PDT.
 
Repito: não será surpresa.
 
Ele se formou na escola do pragmatismo, herdada do avô Antonio Carlos Magalhães, que era um expressivo líder popular, acima das ideologias e das doutrinas. Tinha brilho e visão próprios. Despertava ódio e paixões.
 
Como político atraiu a simpatia até de Fidel Castro, líder comunista internacional, a quem recebeu duas vezes em Salvador e ajudou pessoalmente, junto ao presidente Sarney, no restabelecimento das relações entre Cuba-Brasil e na montagem do sistema de telecomunicações do país caribenho, o que nunca foi esquecido por Fidel.
 
Ouvi na Câmara Federal inúmeros depoimentos sobre a maneira magnânima como ACM tratava os partidos de extrema esquerda na Bahia, sem jamais persegui-los.
 
Na sucessão do general Figueiredo, após acompanhar desde o início a Revolução de 1964, ACM deixou o PDS e assumiu ostensivamente a candidatura de Tancredo Neves e José Sarney.
 
Caso ocorra um precedente de mudança partidária de ACM Neto, ou fusão do DEM com outro partido, inevitavelmente o fato influirá na decisão da governadora Rosalba Ciarlini, por ser ela a única governante do partido, em todo o país.
 
Por outro lado, a oposição estadual não se fortaleceu nas urnas de 2012.
 
A vitória de Carlos Eduardo e Vilma não fortalece, por si só, as oposições locais. Em curto prazo haverá afastamento dos dois.
 
Praticamente impossível a convivência. Quem viver verá.
 
O PT teve um bom desempenho, com o nome de Mineiro em Natal. Isso não significa trunfo para disputar e vencer o governo do estado.
 
Quando muito garantirá a eleição de Mineiro para deputado federal, desde que Fátima Bezerra dispute uma vaga no Senado, correndo sérios riscos, dependendo dos demais oponentes.
 
Pelo visto – embora tudo possa mudar até 2014 – o cenário da política norte-rio-grandense não se alterou, com as eleições municipais.
 
Os grupos políticos saíram praticamente com o capital que entraram, salvo vitórias inesperadas aqui, ali e acolá, de uns e de outros.
 
Independente de ser um personagem novo ou velho não apareceu no debate eleitoral potiguar nenhuma proposta, idéia inovadora, ou liderança emergente.
 
Marasmo e mesmice, totais e absolutos.
 
Fazer o que, senão esperar para ver o que acontecerá no futuro?.........
 
 
 
 
Já para Moura( jbmoura.com), o mapa logo abaixo, mostra claramente a atual situação.
 





Após a definição do segundo turno em Natal que resultou na vitória de Carlos Eduardo, do PDT, o mapa eleitoral do Rio Grande do Norte se modificou. Das 165 cidades, O PMDB foi o partido que elegeu a maioria dos prefeitos, com 51. Veja a seguir o novo quadro político do estado.

Partidos e prefeitos eleitos:

PMDB 51 / DEM 24 / PSD  21 /PSB 19 / PR 18/ PP 8/ PMN  8/ PT  6/ PSDB  3/ PTB 2/ PPS 2/ PV 2/ PC do B – 1/ PDT – 1




Fonte:jbmoura.com
 www.tuliolemos.com.br

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