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O esquema dos sanguessugas foi revelado pela Polícia Federal em maio de 2006. Parlamentares ganhavam propina para direcionar emendas para compra de ambulâncias superfaturadas. Os donos da empresa que equipavam as ambulância contaram que pagavam propina para congressistas apresentarem emendas para o projeto de unidade móveis de saúde do Ministério da Saúde.
Uma CPI mista (formada por deputados e senadores) produziu um relatório em que foram acusados três senadores e 87 deputados, entre eles Enivaldo Ribeiro, pai do novo ministro das Cidades. Ele chegou a ser indiciado e sofre processo até hoje.
Aguinaldo Ribeiro foi deputado estadual por duas vezes na Assembleia Legislativa da Paraíba. Sempre foi filiado ao PP. Depois que deixou a Assembleia, sua irmã, Daniella Ribeiro, tornou-se deputada estadual. Em 2012, ele pretende concorrer à prefeitura de Campina Grande, onde o pai Enivaldo Ribeiro já foi prefeito também. A mãe de Daniella e Aguinaldo, Virgínia Ribeiro, é prefeita do município de Pilar.
Com menos de um ano de experiência no Congresso, Aguinaldo Ribeiro chegou ao posto de líder da bancada do PP após um racha no partido. O senador Ciro Nogueira (PP-PI) e o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) se uniram para derrubar o então líder da bancada, Nelson Meurer (PR), que chegou ao posto pelas mãos de Mário Negromonte (PP-BA) e seu grupo.
Além de contar com a ajuda de Nogueira e da Fonte, Aguinaldo contou com a influência do pai, que é ainda presidente do diretório regional do PP na Paraíba. A bancada uniu-se em torno dele, sobretudo no fim do ano quando houve uma eleição formal para a escolha do líder do PP na Câmara.
A postura de Aguinaldo Ribeiro também agradou o Palácio do Planalto. Ele conseguiu a bancada em torno de seu nome. Agora, terá como principal função garantir os votos do partido no Congresso.
Fonte: Último segundo
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