quinta-feira, 19 de maio de 2011

Abraham Lincoln, um dos maiores críticos da história

Por Gilvan Dutra 

Abraham Lincoln, (1809-1865)

16º presidente dos Estados Unidos (1861-65) levou a união à vitória na guerra civil americana e aboliu a escravidão.
Abraham Lincoln nasceu no dia 12 de fevereiro de 1809 próximo a Hodgenville, Kentucky. Filho dos fazendeiros Nancy Hanks e Thomas Lincoln, estabeleceu-se em New Salem, Ilinois, onde foi nomeado capitão de sua companhia na guerra de "Black Hawk"(1832). Em 1833, enquanto exercia a atividade de agente do correio, começou a estudar Direito.

De 1834 a 1841, Lincoln ocupou uma cadeira na Câmara Baixa da assembléia legislativa estadual. Eleito pela chapa dos Whig (partido político que surgiu na Inglaterra depois da revolução de 1688 com o objetivo de submeter a Coroa ao Parlamento e que, no século XIX, foi substituído pelo Partido Liberal. Nos EUA, o Whig surgiu em 1834, fazendo oposição aos democratas), Lincoln tornou-se um dos líderes do partido. Em 1842, casou-se com Mary Todd, com quem teve quatro filhos, dois quais apenas um atingiu a maioridade.

Suas críticas ao escravismo ficaram conhecidas a partir de 1846, quando, eleito para o Congresso, fez oposição à guerra contra o México e elaborou um programa para a libertação dos escravos no distrito de Columbia.
Em 1860, Lincoln foi eleito presidente pelo partido Republicano, ( Após sofrer várias derrotas em sua vida) que substituiu o Whig, derrotando os democratas John C. Breckinridge e John Bell, do partido Constitucional da União. Sua plataforma de governo incluía medidas para restringir a escravidão e reforma tarifária.

Depois das eleições, o estado da Carolina do Sul, junto a outros seis estados sulistas, iniciaram um movimento de separação da União. Ao assumir a presidência, em 04 de março de 1861, Lincoln encontrou um novo governo instalado no Sul. Os Estados Confederados da América eram contrários às idéias de restrição ao regime escravocrata vigente e passaram a ameaçar os fortes federais que encontravam-se em seu território. Ao serem informados da intenção de Lincoln de enviar suprimentos para uma guarnição federal sitiada no Forte Sumter, na Carolina do Sul, os confederados abriram fogo para conquistar a fortificação, dando início à guerra civil.

Uma vez comandante-chefe durante a guerra, Lincoln indicou os generais Irvin Mc Dowell, John Pope, George B.McClellan, Ambrose Burnside, Joseph Hooker, George G. Meade, que não obtiveram êxito. Finalmente, em campanhas comandadas por Ulysses S.Grant, a União começou a caminhar em direção à vitória, que culminou com a tomada de Richmond, capital do Sul, e com a derrota de Appomatox (1865).

Lincoln administrou com talento a questão emancipacionista, conquistando a fidelidade dos democratas e dos estados fronteiriços, enquanto levava adiante o projeto de restrição à escravatura. Em 1º de janeiro de 1863, dois anos antes do fim da guerra civil, Lincoln proclamou a libertação dos escravos situados em áreas de conflito dominadas pelos rebeldes, autorizando a criação de tropas militares negras. A emenda antiescravista à Constituição norte-americana foi aprovada em 31 de janeiro de 1865, depois da reeleição de Lincoln.

O equilíbrio político do governo de Lincoln deveu-se à representatividade concedida aos diversos elementos que compunham seu partido. Apesar de identificado com os radicais, Lincoln fazia concessões aos conservadores. Sua influência política era reforçada pelo talento como orador e por sua capacidade diplomática.

Em 1864, Lincoln derrotou o candidato democrata General McClellan e foi reeleito, depois de ter enfrentado oposição em seu partido e no Congresso. No segundo mandato, Lincoln continuou a defender uma política abolicionista, apoiando publicamente o sufrágio negro na Lusiana. A crescente ameaça da extensão do voto aos negros levou o ator John Wilkes Boothno Fords, que já conspirava contra Lincoln, a assassinar o presidente no dia 14 de abril de 1865, no Ford’s Theater, em Washington, D.C.

* Reflita sobre a história desse grande Homem Político, que serve até hoje de referência para a Democracia Mundial.

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